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quarta-feira, 22 de abril de 2020

A atitude adoxástica


4 - O ENFRENTAMENTO DAS AFLIÇÕES E A SUSPENSÃO DAS OPINIÕES



O ecletismo foi um dos movimentos filosóficos do período helenista que tendem absorver um pouco de cada ética. Um dos principais representantes desta filosofia é o escritor romano Cícero (106-43 a. C.).  O filósofo considerava que o domínio de si é a grande força para se viver uma vida virtuosa. Existem muitos bens, mas o homem e a mulher devem se centrar nos bens da alma.  As riquezas e a fama são desaconselhadas.
A força de vontade (tensão) é o impulsor do autodomínio. Mesmo tendo um claro propósito de sempre buscar o bem, a pessoa precisa de exercitar a virtude, ter o auxílio dos outros e procurar a conversação anterior. Cícero não acreditava no sábio perfeito. A tranquilidade, grande meta das éticas do helenismo, também é recomendada pelos ecléticos.  O homem precisa utilizar o autodomínio para enfrentar a dor e o sofrimento. A aflição diante do sofrimento só aumenta os males. O que mais nos aflige são ideias que temos sobre o sofrimento, se buscarmos a reflexão superaremos melhor.
O ceticismo foi um movimento filosófico que questionava os limites do conhecimento, mas também que gerava uma atitude ética. Pirro de Élida foi o iniciador desta filosofia. Segundo uma citação de Eusébio de Cesareia, o fundador do ceticismo dizia que quem deseja ser feliz deve examinar a natureza das coisas. Elas são indiferenciadas, instáveis e indecidíveis.  Não devemos confiar nos sentidos. A atitude do cético é permanecer sem emitir opinião (adoxastos). Em geral, o preceito é viver na indiferença e na imperturbabilidade.

Texto:

CÍCERO. Disputas Tusculanas I e II.

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Bibliografia

ARANHA, M. L. A. & MARTINS, M. H. P. Filosofando: introdução à filosofia. 3ª ed. Rev. atual. São Paulo: Moderna, 2003.

CHAUÍ, Marilena. Introdução à história da Filosofia: Dos pré-socráticos a Aristóteles. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.

MONDIN, B. Introdução à Filosofia: problemas, sistemas, autores, obras. 12ª ed. São Paulo: Paulus, 2001