A cosmologia pré-socrática
A
Escola Jônica, assim chamada por ter florescido nas colônias jônicas da Ásia
Menor, compreende os jônios antigos e os jônios posteriores ou juniores. A
escola jônica, é também a primeira do período naturalista, preocupando-se os
seus expoentes com achar a substância única, a causa, o princípio do mundo
natural vário, múltiplo e mutável. Essa escola floresceu precisamente em
Mileto, colônia grega do litoral da Ásia Menor, durante todo o VI século, até a
destruição da cidade pelos persas no ano de 494 a.C., prolongando-se porém
ainda pelo V século. Os jônicos julgaram encontrar a substância última das
coisas em uma matéria única; e pensaram que nessa matéria fosse imanente uma
força ativa, de cuja ação derivariam precisamente a variedade, a
multiplicidade, a sucessão dos fenômenos na matéria una. Daí ser chamada esta
doutrina hilozoísmo (matéria animada).
Os
jônios antigos consideram o Universo do ponto de vista estático, procurando
determinar o elemento primordial, a matéria primitiva de que são compostos todos
os seres. Os mais conhecidos são: Tales de Mileto, Anaximandro de Mileto,
Anaxímenes de Mileto. Os jônios posteriores distinguem-se dos antigos não só
por virem cronologicamente depois, senão principalmente por imprimirem outra
orientação aos estudos cosmológicos, encarando o Universo no seu aspecto
dinâmico, e procurando resolver o problema do movimento e da transformação dos
corpos. Os mais conhecidos são: Heráclito
de Éfeso, Empédocles de Agrigento, Anaxágoras de
Clazômenas.
A Cosmologia
de Platão
A
cosmologia de Platão não é desenvolvida detalhadamente e é apresentado de uma
forma não sistemática, uma mistura de mito com saber teórico matemático. O
livro em que ele apresenta sua concepção cosmológica chama-se Timeu (latinizado para timaeus).
O
livro é, essencialmente, um diálogo em três partes; a primeira é uma introdução
que contém um relato sobre o mito de Atlântida. É seguida pela “alma do mundo”,
que contém a teoria dos quatro elementos, a da matéria propriamente dita e a
dos objetos observados pelos sentidos; essa é, sem dúvida, a parte mais extensa
do livro. Finalmente, há uma parte dedicada à fisiologia e uma discussão sobre
a alma do homem, assim como sobre o seu corpo. Quanto ao universo de Platão, ele é um lugar
ordenado e racional, como o demonstram os movimentos regulares dos corpos
celestes. A alma do Universo é comparável à do homem. Os planetas e as estrelas
são as mais sublimes representações da realidade essencial; são exemplos das
Idéias de platão e podem até ser Deuses. A matemática expressa os movimentos
divinos das estrelas, que emitem uma música celestial ao se moverem; quando os
homens morrem, é para suas estrelas nativas que suas almas regressarão.
Fora
do mundo não existiria nada e sua
superfície foi, por Deus arredondada e polida. No centro da esfera do universo
ficaria a Terra, também esférica, sem alterar o equilíbrio simétrico do
Universo, sem necessidade de ar ou qualquer outra coisa para sustentá-la.
A esfera do Universo platônico gira uniformemente de Leste para oeste,
no mesmo lugar, em torno do seu próprio eixo, que passa pelo centro da terra.
As estrelas – representando seres eternos, divinos e imutáveis –
moviam-se com velocidade uniforme em torno da terra, na mais perfeita e regular
de todas as trajetórias, o círculo eterno.
A
cosmologia de Aristóteles
A Cosmologia aristotélica partia de dois princípios
fundamentais. Primeiro, que o comportamento das coisas se devia a formas determinadas
qualitativamente ou naturezas. Segundo, que a totalidade destas
naturezas estava disposta para formar um conjunto, hierarquicamente organizado
ou cosmos. Este cosmos ou universo possuía muitos traços
comuns com o de Platão e dos astrônomos Eudoxo e Calipo, do século IV aC, que haviam ensinado que o cosmos era esférico e
que possuía um certo número de esféricas
concêntricas, sendo a mais externa a das estrelas fixas. A Terra estaria no
centro.
Para
Aristóteles, o cosmos era uma esfera vasta mas finita, com a Terra no centro e
limitada pela esfera das estrelas fixas, que eram , também o Primeiro Motor, a
fonte original de todos os movimentos do universo. Rodeando a Terra esférica,
estavam distintas esferas, as 3 primeiras
correspondendo aos elementos terrestres: água, ar e fogo. Rodeando
a esfera do fogo, estavam as esferas cristalinas, nas quais estavam inseridas,
e por elas eram transportados a Lua, Mercúrio, Vênus, o Sol, Marte, Júpiter e
Saturno, os sete planetas. Depois, a esfera das estrelas fixas e depois dela,
nada.
Deste
modo, cada tipo de corpo ou substância possuía seu lugar natural e
um movimento natural em relação a este
lugar. O centro da Terra , centro do universo, era o referenciai deste
movimento. A esfera lunar dividia o universo em duas regiões
distintas, a terrestre e a celeste. Na primeira, os corpos
estavam sujeitos a 4 tipos de movimentos e seu movimento natural era retilíneo, em direção a seu lugar natural,
onde podia ficar em repouso. Por isso, o fogo, cujo lugar natural
era o alto, parece leve; e a terra, cujo lugar
natural é abaixo, nos parece pesada. Os corpos celestes eram formados de um quinto elemento ou quintaessência, incorruptível, dotado do movimento circular uniforme,um movimento eterno.
natural é abaixo, nos parece pesada. Os corpos celestes eram formados de um quinto elemento ou quintaessência, incorruptível, dotado do movimento circular uniforme,um movimento eterno.
PROPOSTA
DE ATIVIDADES:
a) Leitura de Gênesis 1.
b) Leitura do diálogo Timeu.
c) Leitura da obra Sobre o Céu.