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terça-feira, 4 de abril de 2017

Análise de Byung Chul Han



UMA BREVE APRESENTAÇÃO DO FILÓSOFO BYUNG CHUL HAN

E DE SUA ANÁLISE DA SOCIEDADE TECNOLÓGICA

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Reprodução de http://www.nicholasgimenes.com.br.
  
Byung Chul Han é um filósofo coreano nascido em 1959. É um filósofo e teórico da cultura e professor da Universidade de Artes de Berlim.  Ele nasceu na Coreia, mas mudou-se para a Alemanha para estudar Literatura Alemã, Filosofia e Teologia. Sua obra aborda os problemas da sociedade contemporânea como capitalismo, trabalho e tecnologia.
Dentre suas obras se destacam Müdigkeitsgesellschaft (A Sociedade do Cansaço), Agonie des Eros (A Agonia do Eros) e Topologie der Gewalt (Topologia da Violência).[1]
Han analisa nossa sociedade como era do cansaço. Dentre diversos temas do filósofo, apresentaremos brevemente sua análise. Na sociedade do rendimento vive-se a necessidade constante de poder. As pessoas estão rodeadas pelo medo de não poder algo. A preocupação excessiva tira até a chance de pessoas nos outros.
Somos bombardeados com notícias. As pessoas estão sempre alheias, perdidas em assuntos muitas vezes superficiais de uma tela de celular. Nas empresas, não há mais aquela relação de proximidade. Todos se tornaram patrões de si mesmos. Passamos anos fazendo as mesmas coisas.
Juntamente com esse ritmo de vidas surgem as mais variadas formas de narcisismos e transtornos de personalidade. O sentido de colaboração morreu. Há uma constante vigilância de alguém. Todo mundo sabe tudo sobre outro através de redes sociais. Neste sentido, morre o mistério. Já não há mais espaço para encontros.

Se ha perdido el espacio de frescura. La relajación de poder estar com el otro en calma, ya sea trabajando em un ambiente grato, manteniendo uma comunicación verdadera, informándose críticamente, recreándose com los otros o simplemente haciendo lo que a uno le gusta.[2]

            Byung Chul Han observa que as relações de trabalhos, na escola se pautam em uma necessidade de cumprir as metas sem considerar a profundidade das experiências envolvidas. Todos estão submetidos a estresse, envenenados com substâncias químicas e entregues à irreflexão. Somos uma sociedade de doentes mentais.
O começo do século XXI é tomado pela enfermidade neuronal. A ideia central dentre dessas mudanças é o desaparecimento do outro. O outro é apenas diferente, foi assimilado e neutralizado. A estranheza do outro se esvai e o idêntico toma seu lugar.[3] Portanto, toda a sobrecarga está no eu.



[1] WIKPÉDIA. Byung-chul Han.  Disponível em: https://es.wikipedia.org/wiki/Byung-Chul_Han
[2] OROZCO, Manuel José. De la sociedad del cansancio a la sociedad del aburrimiento: Un estudio del pensamiento de Byung -Chul Han. Estudios 113, vol. xiii, verano 2015, p. 172;
[3] OROZCO, 2015, pp. 170-175.
 

Bibliografia

ARANHA, M. L. A. & MARTINS, M. H. P. Filosofando: introdução à filosofia. 3ª ed. Rev. atual. São Paulo: Moderna, 2003.

CHAUÍ, Marilena. Introdução à história da Filosofia: Dos pré-socráticos a Aristóteles. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.

MONDIN, B. Introdução à Filosofia: problemas, sistemas, autores, obras. 12ª ed. São Paulo: Paulus, 2001