UMA
BREVE APRESENTAÇÃO DO FILÓSOFO BYUNG CHUL HAN
E
DE SUA ANÁLISE DA SOCIEDADE TECNOLÓGICA
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Byung
Chul Han é um filósofo coreano nascido em 1959. É um filósofo e teórico da
cultura e professor da Universidade de Artes de Berlim. Ele nasceu na Coreia, mas mudou-se para a
Alemanha para estudar Literatura Alemã, Filosofia e Teologia. Sua obra aborda
os problemas da sociedade contemporânea como capitalismo, trabalho e
tecnologia.
Dentre
suas obras se destacam Müdigkeitsgesellschaft (A Sociedade do Cansaço), Agonie
des Eros (A Agonia do Eros) e Topologie der Gewalt (Topologia da Violência).[1]
Han
analisa nossa sociedade como era do cansaço. Dentre diversos temas do filósofo,
apresentaremos brevemente sua análise. Na sociedade do rendimento vive-se a necessidade
constante de poder. As pessoas estão rodeadas pelo medo de não poder algo. A
preocupação excessiva tira até a chance de pessoas nos outros.
Somos
bombardeados com notícias. As pessoas estão sempre alheias, perdidas em
assuntos muitas vezes superficiais de uma tela de celular. Nas empresas, não há
mais aquela relação de proximidade. Todos se tornaram patrões de si mesmos. Passamos
anos fazendo as mesmas coisas.
Juntamente com esse
ritmo de vidas surgem as mais variadas formas de narcisismos e transtornos de
personalidade. O sentido de colaboração morreu. Há uma constante vigilância de
alguém. Todo mundo sabe tudo sobre outro através de redes sociais. Neste
sentido, morre o mistério. Já não há mais espaço para encontros.
Se ha perdido el espacio de frescura. La relajación de poder
estar com el otro en calma, ya sea trabajando em un ambiente grato, manteniendo
uma comunicación verdadera, informándose críticamente, recreándose com los
otros o simplemente haciendo lo que a uno le gusta.[2]
Byung Chul Han observa que as
relações de trabalhos, na escola se pautam em uma necessidade de cumprir as
metas sem considerar a profundidade das experiências envolvidas. Todos estão
submetidos a estresse, envenenados com substâncias químicas e entregues à
irreflexão. Somos uma sociedade de doentes mentais.
O começo do século XXI é tomado pela enfermidade neuronal. A
ideia central dentre dessas mudanças é o desaparecimento do outro. O outro é
apenas diferente, foi assimilado e neutralizado. A estranheza do outro se esvai
e o idêntico toma seu lugar.[3] Portanto,
toda a sobrecarga está no eu.