Social Icons

sábado, 22 de agosto de 2015

Cosmologia - Origem e desafios

A FILOSOFIA SE INICIA COM A COSMOLOGIA

            Com o surgimento da filosofia (séc. VI a.C.) os primeiros filósofos buscaram na natureza o princípio de todas as coisas, a arché. Para Tales, por exemplo, a água ou o úmido é o princípio de todo o universo: tudo que existe é feito de água.
            Ela, “transforma-se a si mesma em todas as coisas e transforma todas as coisas nela mesma” (CHAUÍ, 2002, p. 57). Portanto, desde os homens aos seres inanimados, tudo é água. Após Tales muitos outros filósofos tentaram encontrar esse elemento primordial que deu origem a tudo.
            Posteriormente, na idade média, com a elaboração dos grandes sistemas filosóficos e teológicos, constrói-se uma visão em que Deus, numa perspectiva judaico-cristão, é concebido como criador e organizador de todas as coisas.

Modelos cosmológicos predominantes: Aproximações e choques

            O papa Francisco fez declarações sobre a ciência durante inauguração de busto em homenagem ao Papa Emérito Bento XVI (em 2014).  Na ocasião afirmou: "O Big Bang não contradiz a intervenção criadora, mas a exige“ e "evolução da natureza não é incompatível com a noção de criação, pois exige a criação de seres que evoluem". Apesar de parecer simples conciliar fé e religião há milhares de pessoas que não aprovam essas declarações.
                        O problema cosmológico está muito presente no cotidiano das pessoas através do criacionismo. A doutrina da criação está presente nos monoteísmos e eles são predominantes no ocidente.

A doutrina da criação

            Eis a ordem básica da narrativa da criação, em Gênesis 1: primeiro, Deus cria a luz (1,3-5), depois o firmamento (o céu, 1,6-8) e faz surgir das águas a terra e crescer as plantas (1,9-13); mas o processo é interrompido, porque Deus cria os astros (1,14-19). Na seqüência, cria os seres vivos: peixes, pássaros, animais e seres humanos (1,20-31). Tudo numa semana.
            Em Gênesis 2, porém, o universo, antes da intervenção divina, é um deserto sem água. Em Gênesis 1 só água; aqui, sem água. Ainda não chovera e apenas um "fluxo" irrigava a terra (2,6 - há muita discussão ainda sobre este texto e o significado da palavra 'ed). O Senhor forma o primeiro ser humano e planta um jardim, verdadeiro oásis numa estepe desértica. Essa imagem da criação reflete a realidade climática e geográfica da Palestina.

A teoria do Big Bang

            A teoria do Big Bang foi anunciada em 1948 pelo cientista russo naturalizado estadunidense, George Gamow (1904-1968) e o padre e astrônomo belga Georges Lemaître (1894-1966). Segundo eles, o universo teria surgido após uma grande explosão cósmica, entre 10 e 20 bilhões de anos atrás. O termo explosão refere-se a uma grande liberação de energia, criando o espaço-tempo.
            Até então, havia uma mistura de partículas subatômicas (quarks, elétrons, neutrinos e suas partículas) que se moviam em todos os sentidos com velocidades próximas à da luz. As primeiras partículas pesadas, prótons e nêutrons, associaram-se para formarem os núcleos de átomos leves, como hidrogênio, hélio e lítio, que estão entre os principais elementos químicos do universo.
            Ao expandir-se, o universo também se resfriou, passando da cor violeta à amarela, depois laranja e vermelha. Cerca de 1 milhão de anos após o instante inicial, a matéria e a radiação luminosa se separaram e o Universo tornou-se transparente: com a união dos elétrons aos núcleos atômicos, a luz pode caminhar livremente. Cerca de 1 bilhão de anos depois do Big Bang, os elementos químicos começaram a se unir dando origem às galáxias.

PROPOSTA DE ATIVIDADES:

a)    Leitura do verbete cosmologia no dicionário.
b)    Seminário sobre a recepção do doutrina da criação e o big bang.
c)    Análise das cosmogonias (mitos de criação).
d)    Exposição sobre o período cosmológico.
e)    A cosmologia de Platão e de Aristóteles.

Referências

GLEISER, Marcelo. A Dança do Universo. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.
HAWKING, Stephen W. Breve História do Tempo: Do Big Bang aos Buracos Negros. Lisboa: Gradiva, 1994.
JAPIASSÚ, Hilton e MARCONDES, Danilo. Dicionário Básico de Filosofia. 5.ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

 

Bibliografia

ARANHA, M. L. A. & MARTINS, M. H. P. Filosofando: introdução à filosofia. 3ª ed. Rev. atual. São Paulo: Moderna, 2003.

CHAUÍ, Marilena. Introdução à história da Filosofia: Dos pré-socráticos a Aristóteles. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.

MONDIN, B. Introdução à Filosofia: problemas, sistemas, autores, obras. 12ª ed. São Paulo: Paulus, 2001