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sexta-feira, 11 de abril de 2025

Filosofia da Mente no estoicismo e no epicurismo

 FILOSOFIA DA MENTE NO ESTOICISMO E NO EPICURISMO

 

CORPO E MENTE NO ESTOICISMO

 

Os estoicos consideravam a alma corpórea segundo sua física são corpóreos que é capaz de agir e receber ação. A alma torna as coisas vivas e imprime-lhes movimento. Já o espírito (pneuma) é um corpo sutil. Ele age sobre as coisas macroscópicas e as torna estáveis e substanciais.

 

Corpo (soma, somatika):

v  É a matéria física, extensa em três dimensões e com resistência.

v  É constituído pelos quatro elementos: terra, água, fogo e ar.

v  É a parte tangível e visível do ser vivo.

v  Na visão estoica, o corpo é inseparável da alma (psuche) em um ser vivo, formando uma mistura total.

 

Pneuma:

v  É uma substância corpórea sutil, de natureza ígnea ou aérea.

v  Permeia todo o cosmos, unindo e sustentando todas as coisas.

v  Manifesta-se em diferentes graus de tensão e movimento, desempenhando diversas funções:

ü  Hexis: Coesão e sustentação em objetos inanimados.

ü  Phusis: Crescimento, nutrição e reprodução em plantas.

ü  Psuche: Impulso, percepção e automovimento em animais.

v  É o princípio ativo que confere qualidades e estabilidade aos corpos.

v  Pneuma é o elemento que possibilita a vida.

 

Psuche (alma):

v  É um tipo específico de pneuma, responsável pelas funções psicológicas e vitais dos animais.

v  É o princípio que anima o corpo, e sua separação do corpo resulta na morte.

v  Em animais racionais (humanos), a psuche possui uma parte racional (hegemonikon) que governa as outras partes.

v  A psuche é responsável por funções como percepção, impulso, assentimento e razão.

v  A psuche se desenvolve da phusis.

 

A MATERIALIDADE DA ALMA NO EPICURISMO

 

Epicuro, em sua busca por uma compreensão materialista do mundo, também abordou a natureza da alma. Suas principais características são:

 

v  Composição Atômica:

ü  A alma, assim como tudo no universo, é composta de átomos, mas de um tipo particularmente fino e sutil.

ü  Essa natureza corpórea é crucial para Epicuro, pois permite que a alma interaja com o corpo físico.

v  Mortalidade:

ü  A alma não sobrevive à morte do corpo. Sua estrutura delicada se desintegra quando o corpo perde a capacidade de sustentar a vida consciente.

ü  Essa visão elimina o medo da morte e de punições pós-vida, um ponto central da filosofia epicurista.

v  Sede da Sensação:

ü  A alma é responsável pelas sensações (aisthêseis) e pelas experiências de prazer (hêdonê) e dor (algêdôn).

ü  Essas sensações são os guias fundamentais para o que é bom e ruim, pois todos os seres sencientes buscam naturalmente o prazer e evitam a dor.

v  Parte Racional e Irracional:

ü  Epicuro distingue entre uma parte irracional da alma, distribuída por todo o corpo e responsável pelas sensações básicas, e uma parte racional, localizada no peito e responsável pelas funções intelectuais superiores.

ü  A parte racional é onde ocorrem os erros de julgamento, enquanto a sensação pura é considerada incorrigível.


v  Interação com o Mundo:

ü  A alma interage com o mundo através de "simulacros", finas películas de átomos emitidas pelos objetos.

ü  Esses simulacros penetram nos órgãos sensoriais e na mente, gerando sensações e pensamentos.


v  Liberdade Limitada:

ü  Embora os átomos se movam de acordo com leis fixas, Epicuro introduz a ideia de um "desvio" atômico aleatório (clinamen) para explicar a liberdade de vontade.

ü  Este desvio atômico é um ponto de indeterminação no universo.


v  O problema da linguagem:

A linguagem pode ser uma barreira para o pensamento correto, pois ela pode sugerir que a morte (estar morto) é algo 

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Bibliografia

ARANHA, M. L. A. & MARTINS, M. H. P. Filosofando: introdução à filosofia. 3ª ed. Rev. atual. São Paulo: Moderna, 2003.

CHAUÍ, Marilena. Introdução à história da Filosofia: Dos pré-socráticos a Aristóteles. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.

MONDIN, B. Introdução à Filosofia: problemas, sistemas, autores, obras. 12ª ed. São Paulo: Paulus, 2001