FILOSOFIA DA MENTE NO ESTOICISMO E NO EPICURISMO
CORPO E MENTE NO
ESTOICISMO
Os estoicos consideravam
a alma corpórea segundo sua física são corpóreos que é capaz de agir e receber
ação. A alma torna as coisas vivas e imprime-lhes movimento. Já o espírito (pneuma) é um corpo sutil. Ele age sobre
as coisas macroscópicas e as torna estáveis e substanciais.
Corpo (soma, somatika):
v É a
matéria física, extensa em três dimensões e com resistência.
v É
constituído pelos quatro elementos: terra, água, fogo e ar.
v É a parte
tangível e visível do ser vivo.
v Na visão
estoica, o corpo é inseparável da alma (psuche)
em um ser vivo, formando uma mistura total.
Pneuma:
v É uma
substância corpórea sutil, de natureza ígnea ou aérea.
v Permeia
todo o cosmos, unindo e sustentando todas as coisas.
v Manifesta-se
em diferentes graus de tensão e movimento, desempenhando diversas funções:
ü Hexis: Coesão e
sustentação em objetos inanimados.
ü Phusis:
Crescimento, nutrição e reprodução em plantas.
ü Psuche: Impulso,
percepção e automovimento em animais.
v É o princípio
ativo que confere qualidades e estabilidade aos corpos.
v Pneuma é
o elemento que possibilita a vida.
Psuche
(alma):
v É um tipo
específico de pneuma, responsável pelas funções psicológicas e vitais dos
animais.
v É o
princípio que anima o corpo, e sua separação do corpo resulta na morte.
v Em
animais racionais (humanos), a psuche possui uma parte racional (hegemonikon) que governa as outras
partes.
v A psuche
é responsável por funções como percepção, impulso, assentimento e razão.
v A psuche
se desenvolve da phusis.
A MATERIALIDADE DA ALMA NO
EPICURISMO
Epicuro,
em sua busca por uma compreensão materialista do mundo, também abordou a
natureza da alma. Suas principais características são:
v Composição
Atômica:
ü A alma,
assim como tudo no universo, é composta de átomos, mas de um tipo
particularmente fino e sutil.
ü Essa
natureza corpórea é crucial para Epicuro, pois permite que a alma interaja com
o corpo físico.
v Mortalidade:
ü A alma
não sobrevive à morte do corpo. Sua estrutura delicada se desintegra quando o corpo
perde a capacidade de sustentar a vida consciente.
ü Essa
visão elimina o medo da morte e de punições pós-vida, um ponto central da
filosofia epicurista.
v Sede da
Sensação:
ü A alma é
responsável pelas sensações (aisthêseis) e pelas experiências de prazer
(hêdonê) e dor (algêdôn).
ü Essas
sensações são os guias fundamentais para o que é bom e ruim, pois todos os
seres sencientes buscam naturalmente o prazer e evitam a dor.
v Parte
Racional e Irracional:
ü Epicuro
distingue entre uma parte irracional da alma, distribuída por todo o corpo e
responsável pelas sensações básicas, e uma parte racional, localizada no peito
e responsável pelas funções intelectuais superiores.
ü A parte
racional é onde ocorrem os erros de julgamento, enquanto a sensação pura é
considerada incorrigível.
v Interação
com o Mundo:
ü A alma
interage com o mundo através de "simulacros", finas películas de
átomos emitidas pelos objetos.
ü Esses
simulacros penetram nos órgãos sensoriais e na mente, gerando sensações e
pensamentos.
v Liberdade
Limitada:
ü Embora os
átomos se movam de acordo com leis fixas, Epicuro introduz a ideia de um
"desvio" atômico aleatório (clinamen)
para explicar a liberdade de vontade.
ü Este
desvio atômico é um ponto de indeterminação no universo.
v O
problema da linguagem:
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